SAÚDE

TDAH em adultos, o que sabemos?

Gente! Quem me acompanha em minhas redes sociais está ciente de que admiti, em meus Stories, que tenho depressão. Por conta disso, achei de extrema necessidade compartilhar essa pauta que recebi por email (dentre as várias que recebo diariamente) por dois motivos: acredito muito que tenho esse transtorno e, acredito também que ele se manifeste em muitas pessoas. Boa leitura!

TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) é um distúrbio do neurodesenvolvimento que aparece na infância, em geral de maneira precoce, antes da idade escolar, e que vai acabar prejudicando todo o desenvolvimento acadêmico, pessoal e social da pessoa, caso não seja diagnosticado, acompanhado e tratado precocemente.

Segundo a Dra. Priscila Dossi, (médica psiquiatra, com especialização em infância e adolescência pela UNICAMP): “Acreditava-se que o TDAH era uma disfunção da infância e, por isso, a atenção era dada apenas às crianças, podendo em certos casos, persistir durante a vida adulta. Porém, hoje já se tem estudos que apontam que o TDAH também pode ser diagnosticado somente na vida adulta, ou seja, o indivíduo vive a sua infância sem manifestar os sintomas do TDAH, e apenas na vida adulta é que o diagnóstico acaba sendo encontrado. A partir dessas novas descobertas, surgiram mais interesse em estudos especializados apenas para o TDAH em adultos.

Diferença entre Adultos e Crianças

No caso do adulto, o que sobressai do famoso triangulo desatenção, impulsividade e hiperatividade é justamente a desatenção, que é mais predominante, gerando perda de foco e uma dificuldade maior para reter informações na memória.

“Adultos também tem mais liberdade de ação, mais autonomia, e isso facilita que consiga elaborar estratégias que acabam compensando as limitações impostas pelo TDAH. E deve-se considerar todo o histórico familiar, os valores que recebeu na infância, o ambiente onde foi criado, pois isso também ajudará para que o TDAH não seja tão dominante, resultando em um adulto menos impulsivo ou dados às compulsões” – complementou a Dra. Priscila Dossi.

Principais Sintomas

Para um diagnóstico preciso é necessário que o paciente passe por uma anamnese detalhada, ou seja, deve passar por uma entrevista feita por um médico especializado; psiquiatra, neurologista ou neuropediatra. Entre os sintomas diagnosticados, se destacam:

  • Perda de Foco;
  • Desatenção;
  • Dificuldades para reter informações e conteúdo de leituras;
  • Dificuldade de expressar ideias;
  • Dificuldade para escutar o outro, dificuldade de esperar o seu momento de fala;
  • Dificuldade para se colocar em prática as suas ideias e pensamentos;
  • Intolerância às situações repetitivas ou monótonas.

Tratamento

O tratamento é uma combinação de medicamentos e intervenção com psicoterapia, além do tratamento para as condições de saúde mental, para cada caso, e que estão associadas.

Os medicamentos incluem antidepressivos, estimulantes e medicamentos indicados para melhorar a cognição do paciente. Além dos remédios, o paciente deve passar com grupos de apoio, terapia cognitiva, terapia-comportamental, terapia cognitivo-comportamental e psico-educação.

“Além do apoio profissional, também se faz necessário o apoio familiar e o entendimento do problema por parte dos familiares e amigos” – finalizou a Dra. Priscila Dossi.

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